HERDADE DA MALHADINHA NOVA UM PARAÍSO ALENTEJANO

A Herdade da Malhadinha Nova é um sonho concretizado pela família Soares, situado em Albernoa, Beja, no Alentejo. A Herdade estende-se por um total de 450 hectares, com cinco unidades de alojamento e uma sexta, mais afastada, a cinco quilómetros da herdade, na aldeia. No total, entre as várias casas e villas recuperadas pela família a partir de ruínas da herdade, a Malhadinha Nova dispõe atualmente de 30 quartos. Ao todo são 80 hectares de vinha, uma adega construída em declive para que a recepção da uva beneficie da gravidade e de onde saem os rótulos Monte da Peceguina, a Malhadinha e Edições Especiais -, e ainda olivais, pomares e hortas. Na nova Coudelaria, construída em 2020, são bem cuidados os cavalos Puro Sangue Lusitano; no montado, vivem livremente a vaca alentejana, o porco preto, e a ovelha merina branca e preta. No restaurante, com a consultoria de Joachim Koerper, os sabores do alentejo unem-se no prato, com produtos de agricultura biológica e pecuária com denominação de origem protegida. Estes são os elementos da natureza que compõem este ramalhete alentejano chamado Malhadinha, um projeto único e familiar que cresceu, amadureceu e enriqueceu nos últimos 20 anos. No verão de 2020, a Malhadinha Nova passou a ser um membro Relais & Châteaux.

Malhadinha

Country House

Foi na casa original que tudo começou, em 2008, num monte típico de traça alentejana, com sete hectares de vinha a seus pés. Ao longo de 750 m2 , as três suites (45m2 ) e os sete quatros (32m2 ) distinguem-se uns dos outros, desde logo, pelos desenhos em cada porta, feitos pela geração mais nova da Família Soares. Um toque de personalidade que já é uma tradição iniciada com os rótulos dos vinhos.

Interiores personalizados, onde o requinte e o charme ditam lei, mobiliário de casa de banho Duravitt e iluminação desenhada pelo designer Philippe Starck, amenities Bvlgari, iPad, sistema de som Bose e chão aquecido coabitam com a simplicidade e beleza de diversas peças criadas pelas mãos de artesãos locais.

Duas piscinas (uma delas aquecida), um spa com sala de massagens, banho turco e jacuzzi, sala de estar, biblioteca, wine bar, alpendres e terraços para mergulhar na deslumbrante envolvência vínica completam um quadro pincelado em tons de luxo e autenticidade.

Em 2018 iniciou-se o projeto de ampliação da oferta turística que abriu ao público em fevereiro deste ano. Foi a altura perfeita para renovar esta casa original com mais de uma década, com novas peças e palete de cores refrescada. O pequeno-almoço servido nesta casa alentejana tem agora, após anos de procura por Rita Soares, o mítico serviço em casquinha da Christofle.

   

   

Casa do Ancoradouro

Home of Terracotta

Situada no ponto mais alto da Herdade, a Casa do Ancoradouro é inspirada na arquitetura alentejana e rodeada de solos argilosos, onde se plantaram as castas Alicante Bouschet e Touriga Franca. São estes populares barros vermelhos, produzidos manual e artesanalmente em fornos de lenha de azinho que formam o pavimento interior e exterior desta casa. Toda a decoração é uma ode à terracota, cuja textura se consegue sentir nos pés descalços, caminhando pelos 880 m2 deste espaço.

A casa é composta por sete suites de 90 m2 com terraço privado, zona exterior com vista ampla sobre a planície alentejana, uma piscina, cozinha, bilbioteca, wine bar, sala de estar com lareira, chão radiante, sala de jogos com snooker, ténis de mesa e matraquilhos. Com ponto de partida na cor desta argila acobreada, Rita Soares recheou esta casa com objetos históricos e contemporâneos que formam um património museológico inigualável.

Logo à entrada, é visível o conforto do sofá extrasoft, o mais cobiçado modelo da marca italiana Living Divani, sobre o qual pende o candeeiro Heracleum, do designer Marcel Wanders, um detalhe que não passou despercebido a Rita, já que estas flores nascem de forma espontânea em solos alentejanos. Em frente ao wine bar, um piano clássico da Steinway & Sons com mais de 100 anos é acompanhado por um quadro de conservatório recuperado, onde estão as partituras.

Não falta mobiliário antigo restaurado nesta casa, resultado de inúmeras visitas a antiquários e pesquisas de velharias, a grande paixão de Rita Soares. É o caso das alfeitarias onde está alinhado o serviço Vista Alegre terracota - exclusivo para a Malhadinha -, assim como peças da ceramista Teresa Pavão, inspiradas nos quatro elementos terrestres. Por todo o espaço há peças portuguesas recuperadas e pintadas em tons de terracota como porta-revistas, bancos e bilhas de azeite.

   

            

Casa da Ribeira

Slow living villa

A Ribeira de Terges é um afluente do Guadiana que foi outrora navegável. É perto dela que nasceu a Casa da Ribeira, inspirada na água, na sua tranquilidade, paz e serenidade.

A água é um dos elementos mais importantes da natureza e essencial para o funcionamento das várias atividades da herdade, da vinha à agricultura. É nela que a escolha cromática desta casa se inspira, oscilando entre o azul pálido e o cinzento azulado.

As três suites de 75 m2 e terraço privado combinam peças de designers e arquitetos internacionais com marcas portuguesas e antiguidades. É o caso das farmácias centenárias, transformadas em louceiros e livrarias.

Na zona da cozinha e da sala de estar, destaca-se o candeeiro de pássaros Perch Lamp da Moi, desenhado pelo britânico Umut Yamac.

No mobiliário selecionado por Rita para esta casa estão duas marcas icónicas do passado, que ganharam nova vida no regresso à produção, agora com cunho mais moderno. É o caso da famosa Olaio, aqui representada em aparadores e arquivos e a Thonet, que trouxe de volta, em linhas mais contemporâneas, as egrégias cadeiras brancas desenhadas pelo construtor e industrial alemão Michael Thonet, em 1830. 

   

            

Casa das Pedras

Timeless suites

Ao contrário de todas as unidades da herdade, estas suites não têm espaços comuns. São intimistas e reservadas, cada uma com o seu terraço e piscina privada, onde predominam os linhos e os tons telúricos.

Estas quatro suites exclusivas de arquitetura contemporânea estão perto da casa-mãe, a Malhadinha Country-House, mas suficientemente longe para um refúgio. Estão igualmente rodeadas pelas vinhas da Peceguina e com vista para a Ribeira de Terges. Foram construídas em concreto pigmentado à cor dourada da palha e nos seus 100m2 cabe o amplo quarto com vista privilegiada sobre o campo, e a sala de estar onde à chegada ecoa a melhor seleção musical.

Minimalistas na construção e decoração proporcionam momentos em comunhão com a natureza. Estas casas foram erguidas numa ruína que existia sobre uma elevação de xisto. O objetivo do projeto de arquitetura foi encontrar um pigmento de argila que reproduzisse o tom que circunda o edifício.

A abordagem foi mais contemporânea do que a das restantes casas, com uma componente de design muito forte, onde predominam peças intemporais que povoam os melhores museus do mundo. Cadeiras Carl Hansen & Søn, o candeeiro Captain Flint da Flos, ou o Cabide de Alvar Aalto para a Artek são apenas alguns exemplos de peças icónicas que convivem com aparadores fabricados em Portugal pela Much Wood, túnicas de linho da marca belga Harmony Textile e as banheiras de traços depurados da italiana Agape.

   

            

Casa das Artes e Ofícios

A villa inspired by art

Casa das Artes e Ofícios é mais uma preciosidade da Malhadinha Collection. Está também muito próxima da Ribeira de Terges, através da qual os habitantes de Albernoa traziam mantimentos para a adeia. A ruína a partir da qual esta casa cheia de história se ergueu foi outrora um espaço comunitário, onde os aldeões vinham cozer pão e lavar roupa nas águas frescas.

A decoração deste espaço é, por isso mesmo, inspirada nestas estórias e vivências. Esta villa tem dois quartos com 25m2 , situadas numa mezzanine sobre uma sala ampla de pé direito imponente. Rita Soares quis que esta casa celebrasse os artesãos do concelho, as suas técnicas manuais ancestrais, mas também a paisagem que a rodeia, de onde sobressaem as tonalidades verdes da vegetação. O revestimento das paredes é em argila e com pigmentação natural verde azeitona, aplicada por Matteo Brioni, italiano que herdou a fábrica de argila do pai, aliando a tradição à contemporaneidade.

O mobiliário da Casa das Artes e Ofícios é maioritaramente alentejano e não faltam peças de artesãos locais, sejam elas mais tradicionais ou mais modernas. É o caso dos Candeeiros Achigãs, um desafio lançado por Rita Soares ao projeto TASA.

A divulgação deste património e a componente social inerente a esta Casa não se fica por aqui. Também o serviço de Vista Alegre selecionado para esta villa reverte parte dos lucros da sua venda à reflorestação da Amazónia. Nas paredes, estão quadros de Cláudia Sampaio e nas prateleiras as cerâmicas de Anabela Soares, ambas artistas do projeto Manicómio, uma iniciativa criada por Sandro Resende e José Azevedo, a partir de vários anos de trabalho no Hospital Júlio de Matos com pessoas que vivem com doenças mentais. Sobre a mesa de jantar, um candeeiro feito com garrafas de plástico retiradas do oceano relembra-nos a urgência das alterações climáticas.

Peças Olaio, um frigorífico antigo a petróleo recuperado pela Muito Muito, na LX Factory, peças populares da marca Vitra, banheiras Agape no meio dos quartos, são algumas das perólas que tornam esta Casa das Artes e Ofícios numa villa inspirada pela arte.

   

   

Venda Grande

A home in the village

Por fim, um salto à vila de Albernoa, até à Venda Grande. Esta casa com quatro quartos de 40 m2 cada, cozinha totalmente equipada e sala, é ideal para quem quer uma vida de aldeia, já que é mais rural e simples, afastada cinco quilómetros da herdade. O nome representa a sua antiga função, já que aqui se comercializava alimentos vários, chapéus e produtos de drogaria.

A Venda Grande fica no Largo Catarina Eufémia, a corajosa ceifeira morta a tiro pela Guarda Nacional Republicana, em 1954, durante uma manifestação por melhores condições laborais. Ficou eternizada como um icone da resistência ao regime salazarista, tendo sido referida em dezenas de poemas ao longo das décadas, por Sophia de Mello Breyner, Ary dos Santos e Vicente Campinas, este último poema cantado por Zeca Afonso em 1971.

A casa foi recuperada, mantendo alguns dos elementos originais, como os magníficos pavimentos hidráulicos na cozinhas e nas casas-de-banho, as portadas tradicionais em madeira maciça e peças antigas, como o piano vertical e a salamandra em tons creme.

   

            

Gastronomia

O conceito gastronómico da Malhadinha assenta numa cozinha de autor que privilegia os produtos locais, produzidos na Malhadinha em regime biológico, seja nas áreas agrícolas, na vinha, no olival ou na produção animal.

O restaurante abriu em 2007, ao qual se juntou mais tarde Joachim Koerper como chefe consultor, que era, desde sempre, a primeira escolha de Rita Soares para o projeto. Rita já seguia a carreira do chefe há longos anos e chegou a convidá-lo, em 2003, para preparar um almoço especial no meio da vinha da Malhadinha. Desde então, o chefe alemão, com um longo percurso em restaurantes estrelados, e atual dono e chefe do Eleven, em Lisboa, é o responsável pela criação das cartas do restaurante da Malhadinha Nova. Na cozinha estão diariamente o chefe residente Rodrigo Madeira e a cozinheira do receituário tradicional alentejano Vitalina Santos.

          

Vinhas e Vinhos

Em 2001 são plantados os primeiros 20 hectares. Como projeto intrinsecamente familiar, coube aos filhos, à Francisca que nasceu em 1998, a honra de plantar a primeira cepa da vinha e desenhar o primeiro rótulo. Uma tradição que ainda hoje se mantém e através da qual todos os vinhos ganham o nome de batismo de quem os desenha. Este foi apenas o ponto de partida de um vinhedo cuja extensão atual atinge os 80 hectares.

Selecionou-se as castas a plantar, que produzissem pouca quantidade e que transmitissem o perfil da região mas também algumas internacionais reconhecidas pela sua qualidade. Nas uvas tintas há Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Miúda, Trincadeira, Aragonês, Alicante Boushet, Syrah, Cabernet Sauvignon e Baga. Nas uvas Brancas: Antão Vaz, Arinto, Roupeiro, Chardonnay, Verdelho, Viognier, Petit Manseng, Alvarinho, Encruzado, Viosinho.

Monte da Peceguina Tinto, Branco e Rosé e Malhadinha Tinto, Rosé e Branco são os alicerces da marca, os primeiros mais frescos, os segundos mais complexos, com envelhecimento em barricas de carvalho francês. Seguem-se os Monovarietais nos anos que a natureza assim o dita. Nos tintos o Aragonez e Touriga Nacional, nos brancos o Antão Vaz, Verdelho e Arinto. Por fim, as edições especiais que saem para o mercado apenas em anos de excelente vindima: Pequeno João, Menino António e MM Malhadinha e e Marias da Malhadinha, o topo de gama.

A agricultura praticada é biológica, sustentável e extensiva. Sustentabilidade ambiental, extensível ao domínio social e económico, que está na génese da plantação da vinha e ocupa o topo das prioridades do projeto agrícola. Uma vinha que se insere no terroir, respeita e integra-se no ecossistema e na biodiversidade.

          

Contactos:

HERDADE DA MALHADINHA NOVA

7800-601 Albernoa Beja - Portugal

HOTEL +351 284 965 432 / 429

ADEGA +351 284 965 210 / 211

RESTAURANTE +351 284 965 210 / 211

GPS 37° 49’ 50.60”N, 7° 59’ 20.91” W

EMAIL geral@malhadinhanova.pt

reservas@malhadinhanova.pt